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Pode parecer pretensão comparar os dois games, mas a semelhança me ocorreu enquanto eu jogava Alan Wake com meu irmão no Xbox 360. Eu e ele tivemos a mesma impressão quase que ao mesmo tempo: lembra Alone in the Dark!
Mas aí vem a pergunta, por que a similaridade imediata? Então resolvi analisar os jogos mais a fundo.
Alan Wake (2010) está para Alone in the Dark (2008) assim como Dante’s Inferno está para God of War III. No entanto, a diferença é que nesse caso a ‘cópia’ superou e muito sua fonte de inspiração.
Não vou entrar no mérito de cada um. Quem, assim como eu, já jogou está por dentro do que será escrito e quem está curioso para conhecer pode reler as análises de Alan Wake aqui e Alone in the Dark aqui.
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Clik here to view.Além do gênero, há muito mais semelhanças entre os dois “thrillers” de survival horror do que se pode notar num primeiro olhar. Alone in the Dark seria ótimo, não fosse por um mero detalhe: jogabilidade pobre. Entretanto, não se pode negar que em termos de inovação o game se superou. Alan Wake, por sua vez, tem uma trama muito bem desenvolvida, que prende o player e o leva para o jogo, provocando a sensação de imersão total. Uma coisa é certa, ambos compartilham ideias e conceitos.
Com ares de seriado…
Alone in the Dark e Alan Wake são divididos por capítulos. A semelhança mais óbvia entre os dois games está exatamente aí, no encerramento e na abertura de cada um deles. O formato remete aos seriados de TV, com direito a créditos no final com música ao fundo e ao toque de boas vindas no início do próximo através de uma sequência de flashback “Previously on…”.
Em Alone in the Dark, você tem a opção de dar ‘play’ a qualquer momento, ou seja, se você não quiser ver o flashback, basta pular a cena. O sistema lembra muito o de um DVD. Você pode “rebobinar” o game para frente ou para trás. Em Alan Wake, você pode voltar a capítulos concluídos também, mas essa essa dinamicidade. O melhor é a impressão de se estar dentro de um seriado, interagindo com os personagens.
Perdidos na escuridão…
Outra semelhança mais que visível está nos ambientes pelos quais os protagonistas passam. Em todos, o escuro reina absoluto. Enquanto Alan Wake usa a escuridão como uma metáfora à mente humana, explorando fobias, doenças mentais e emoções com uma pitada de mistério, além de aprisioná-lo a uma escuridão sem fim e sem escapatória, Alone in the Dark enfrenta locais onde não se vê e não se distingue nada, resta apenas a sensação de medo (nesse quesito tenho que dizer que F.E.A.R. é a principal referência, sem nada igual, principalmente nos sustos durante o jogo) provocado pelas sombras, pela noite e pela áurea sombria dos inimigos.
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Para enfrentá-la, cada um conta com um elemento-chave. Alan Wake tem em uma lanterna a ferramenta necessária para trilhar seu caminho na escuridão e afetar os inimigos. Afinal, direcionar a luz até eles os enfraquece, além de passar segurança. Sinalizadores também são ótimos para conter o avanço dos seres sobrenaturais. Sem contar o próprio ambiente do jogo que pode se tornar um importante aliado, como os postes de luz ou holofotes.
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Edward Carnby também se apoia na luz, mas numa forma mais perigosa e imprevisível, já que sua arma é o fogo, algo que não se pode necessariamente controlar.
Poltergeist feelings…
Quando Wake e Carnby não estão enclausurados pela escuridão, é como se os objetos (quaisquer elementos do jogo) e até mesmo partes do cenário “ganhassem vida”, tornando-se inimigos naturais. O chão treme debaixo dos seus pés, enquanto objetos são arremessados pelos ares. Dependendo do que vai na sua direção pode render bons sustos no caminho.
Siga a luz…
Uma sequência específica impressiona tamanha a coincidência. Há cenas do jogo em que Alan ou Alone procuram a luz projetada por um helicóptero que sobrevoa a área para que nenhum deles seja engulido pela escuridão. Seria apenas mera coincidência?
Ah! As poças…
Coincidência ou não. Cópia ou não. Ambos têm poças com uma espécie de gosma negra que devem ser destruídas para que sua força vital não seja sugada, ou pior, toda a sua vida tirada. Não encoste nelas, a não ser que você queira descobrir qual a sensação de ficar preso em areia movediça até ser engolido por ela.
Alan Wake vs Alone in the Dark
Não há como negar que Alan Wake é visivelmente melhor desenvolvido, seja na trama, seja na parte gráfica, além de ser mais divertido de jogar que Alone in the Dark. Os dois são. Mas AW tem algo mais. É instigante. É provocativo a ponto de prender a atenção do jogador e não deixá-lo pausar o game. Certamente, se bem produzido, daria um ótimo script para o cinema.
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É bem verdade que, inspirado em Alone, Alan pode ter se beneficiado das críticas de seu antecessor para se tornar uma “versão” melhorada, quem sabe.